quinta-feira, 17 de maio de 2012

Desde sempre unidos

RESGATE 

“Sou negra e ponto final 

Devolva-me a identidade 

Rasgue minha certidão 

Sou negra sem reticências 

Sem vírgulas e sem ausências 

Não quero mais meio termo 

Sou negra e balacobaco 

Sou negra noite cansaço 

Sou negra ponto final”

Alzira Rufino
















Parte do texto Odisséia Negra de Lourdes Reis: 

“...E aquela saudade, que a dor d¹alma vertia,
expressada no canto apaixonado e triste,
vibrava na atmosfera do oceano,
a recolher as tuas lágrimas pungentes!

Lembravas, naqueles porões imundos,
o suor a escorrer pelo corpo inteiro,
o aconchego do lar, as carícias da esposa,
amante e namorada!...

Pisando o solo brasileiro,
acorrentado, cansado, debilitado,
puseram-te o selo de escravo,
foste proibido de ser gente,
de amar e ser feliz!...”

Trecho do texto Cantiga de Celia Aparecida Pereira :

“Trançar teus cabelos negra, é
Recordar canções
Ardentes dos dias de sol e das frias
Noites dos tempos.
Trançar teus cabelos tal qual
As cordas, as correntes e os açoites,é
Sentir nas mãos o acalanto do vento
É traçar as linhas
Do mapa de uma nação
É escrever em tua cabeça
Uma negra canção”


Por: Adrielle Alves

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