“Sou negra e ponto final
Devolva-me a identidade
Rasgue minha certidão
Sou negra sem reticências
Sem vírgulas e sem ausências
Não quero mais meio termo
Sou negra e balacobaco
Sou negra noite cansaço
Sou negra ponto final”
Alzira Rufino
Parte do texto Odisséia Negra de Lourdes Reis:
“...E aquela saudade, que a dor d¹alma vertia,
expressada no canto apaixonado e triste,
vibrava na atmosfera do oceano,
a recolher as tuas lágrimas pungentes!
Lembravas, naqueles porões imundos,
o suor a escorrer pelo corpo inteiro,
o aconchego do lar, as carícias da esposa,
amante e namorada!...
Pisando o solo brasileiro,
acorrentado, cansado, debilitado,
puseram-te o selo de escravo,
foste proibido de ser gente,
de amar e ser feliz!...”
“Trançar teus cabelos negra, é
Recordar canções
Ardentes dos dias de sol e das frias
Noites dos tempos.
Trançar teus cabelos tal qual
As cordas, as correntes e os açoites,é
Sentir nas mãos o acalanto do vento
É traçar as linhas
Do mapa de uma nação
É escrever em tua cabeça
Uma negra canção”
Por: Adrielle Alves
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